A atitude científica é uma das maiores conquistas da humanidade, tendo começado a desenvolver-se efetivamente, como potencialidade para todas as pessoas, após o início do século XV. Antes disso, ela aparecia de maneira parcial em um ou outro indivíduo. Ela deve ser aplicada sempre que se faz uma observação e a descrição de algo, e quando se formulam conceitos. Nessas atividades cognitivas, parece-me que essa é a atitude correta para o ser humano moderno, isto é, uma pessoa que não adota uma atitude científica na parte cognitiva de seu dia-a-dia está retornando indevidamente ao passado. No entanto, é preciso reconhecer que essa atitude não se aplica a toda a vida humana, pois nem tudo nela é cognição, como descreverei depois de expor aquilo que considero suas características fundamentais.
"O teórico que afirma que a ciência é tudo o que há – e que o que não estiver nos livros de ciência não tem valor para ele – é um ideólogo com uma doutrina própria, distorcida e peculiar. Para ele, a ciência não é mais um setor da iniciativa cognitiva, e sim, de cientificismo. Adotar essa instância não é celebrar a ciência, e sim, distorcê-la" - Nicholas Rescher, in "The Limits of Science"
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