EXISTÊNCIA DE DEUS: O BIG BANG

O início. O big bang. Não percebemos o Antes desse fenômeno.
E não percebemos precisamente porque não compreendemos exatamente o fator Tempo.

Não se pode dizer ou perguntar o que existia Antes do big bang, porque se o Tempo foi criado e começou a contar nessa explosão não faz sentido perguntar o que havia Antes. 

Antes é uma medida de tempo. Ora, se não existia tempo não existia Antes.

E isto, valha-me Deus, eu não compreendo. Não existir um Antes ou existir um Eterno que existe fora do Tempo sai fora da compreensão humana.

O mesmo é dizer que não percebemos o conceito de infinito. 

Sendo assim, dizer que um Deus existe por causa de uma explosão não tem inteligibilidade alguma. 

Nada me diz que a explosão primordial que atribuímos a Deus não seja uma provocada por outra inteligencia qualquer. E se amanhã pousarem uns aliens e nos disserem que fazemos parte da sua criação? 

Nessa altura colocamos Deus mais longe. Afinal Deus pode não ser a causa daquela explosão. 

Em todo caso, e dado não entendermos um espaço e uma matéria sem Tempo, aquilo que podemos aceitar é a existência de alguma coisa que nos terá criado.

A energia é então eterna. Não se cria, não se perde, apenas se difunde. Se Deus é energia então nós somos parte dessa energia criadora. Uma parte de Deus, se quiser. Feitos à sua semelhança, claro.

E é essa energia que anima a matéria. O sopro da vida. Sem energia o corpo morre, mas a energia não se perde, difunde-se. A alma religiosa seria então a energia que nos anima e é eterna. E se não vai para o céu ou para o inferno talvez se transforme ou materialize noutra matéria, noutro corpo.