Então, se sente convencido? Na verdade não, né? Mas o que sumariza a questão não é a maneira como você se sente, mas sim a maneira como é logicamente coerente. Agora que, felizmente, você sabe como Deus é definido no argumento, você pode entender como o Argumento Ontológico Funciona. Há objeções ao argumento? Sim, mas apenas na premissa 1, uma vez que as demais premissas são apenas deduções lógica-modais incontroversas. A única maneira dos céticos desmerecerem este argumento é mostrar que a existência de um ente de grandeza máxima é (logicamente) impossível. O modo mais comum de se tentar isso é com o “PARADOXO DA ONIPOTÊNCIA”, que é comumente apresentado da seguinte forma:
“Deus
pode criar uma pedra tão pesada que nem ele mesmo possa movê-la? Se Deus não
pode criá-la, então ele não é todo-poderoso, mas se ele conseguir criá-la,
então ele também não é todo-poderoso. Segue-se então que a ideia de Deus é
impossível.”
Porém
esta ideia é um absurdo lógico sem tamanho. Lembrando que a definição de
onipotência é fazer tudo aquilo que está dentro da LÓGICA. “Mas por que Deus não pode fazer coisas
ilógicas? Ele não é todo poderoso?” Nós precisamos entender que a lógica é
derivada da ordem e, sem a ordem, nada faz sentido, incluindo a existência.
Portanto, é inconcebível utilizar absurdos lógicos para tentar contestar a
existência de Deus. Porque se absurdos lógicos governam sozinhos um mundo
juntamente com Deus, então, essencialmente, nada nesse mundo poderia
existir (seria logicamente impossível). Se um lado usa a
lógica para provar a existência de Deus, o outro lado não pode sair do âmbito
da lógica para contestar a existência de Deus. Lembrando que este não é um argumento de
fácil entendimento, portanto, sugiro que leiam até que entendam por completo.
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