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5 - ESPIRITUALISMO


Vou caracterizar como espiritualismo a visão de mundo que admite, além da matéria e energia físicas, e dos fenômenos físicos, tanto uma "substancialidade" não-física como fenômenos não-físicos que envolvem essa "substancialidade". Além disso, é parte essencial do espiritualismo a hipótese de que fenômenos não-físicos podem influenciar a matéria física. Neste item exporei minha teoria de como isso poderia ocorrer em certos fenômenos nos seres vivos e no ser humano. Estou ciente dos problemas usar uma caracterização por negação, mas quero partir de algo conhecido, no caso, o mundo físico. Por "não-físico" refiro-me a algo que existe em um plano que não é o físico, não podendo ser observado fisicamente. Não se deveria estranhar a existência de fenômenos fisicamente ocultos pois, por exemplo, não se pode observar fisicamente os sentimentos, os pensamentos e os impulsos de vontade de outra pessoa.

Há dois fatos que não fazem sentido físico, e que poderiam ser tomados como uma forte indicação de que o espiritualismo pode ter algum fundamento: a origem da matéria e da energia físicas, e os limites do universo.
Analogamente ao materialismo, há dois tipos de espiritualismo. Denominarei o primeiro de espiritualismo científico, caracterizado por adotar aquela visão de mundo dentro de uma atitude estritamente científica, como caracterizada no item 3. Chamarei o segundo de espiritualismo-crença, que é a crença naquela visão de mundo e, portanto, não segue uma atitude científica.
Pode parecer estranho que um espiritualista possa ter uma atitude estritamente científica, como caracterizada no item 3. No entanto, se se examinar o que foi exposto nesse item, ver-se-á que de modo algum ele restringe os fenômenos do universo apenas aos fenômenos físicos.
Analogamente ao materialismo, há apenas um tipo de espiritualismo científico, mas há vários tipos de espiritualismo-crença. Nesse último caso, adota-se uma atitude científica em relação a certos fenômenos, e uma crença em relação a outros.
É muito importante reconhecer que a visão de mundo espiritualista científica, como caracterizada, é um superconjunto próprio da visão materialista, isto é, um espiritualista científico admite todos os fatos científicos físicos, mas admite algo mais, de natureza não-física. Assim, esse espiritualismo é uma ampliação do materialismo científico. É importante salientar a expressão que empreguei: "fatos científicos". De fato, um espiritualista não é obrigado a aceitar julgamentos materialistas, como por exemplo as presunções de o pensamento originar-se no cérebro e da evolução darwinista, pois esses não são fatos científicos: são especulações científicas. Um outro exemplo é a presunção de que a Terra tem cerca de 6 bilhões de anos; esse dado não é um fato científico: é o resultado de um cálculo que representa uma extrapolação extremamente grosseira (de medidas de decaimento radioativo). O cálculo pode estar correto, mas deveria ser simplesmente chamado de "extrapolação do decaimento radioativo" e não de "idade da Terra", pois isso é um julgamento. Essa extrapolação, bem como outras baseadas em outros fenômenos, parte do pressuposto que as constantes físicas foram sempre as mesmas, e não dependem, por exemplo, de condições totalmente diferentes das nossas em termos físicos. A propósito, para evitar mal-entendidos, vou colocar aqui que não sou adepto do que se denomina de Young Earth Criationism, que diz que a Terra tem cerca de 6.000 anos.
Um espiritualista-crente pode chegar a negar fatos científicos, pois pode ter o preconceito de não estudá-los ou verificá-los. Alguns fatos científicos podem inclusive contrariar suas crenças pois, como tais, não estão sujeitas a revisão, caso contrário estariam no caminho de serem hipóteses de trabalho.
O espiritualismo-crença pode também ser denominado de "misticismo". Em geral, os místicos não procuram compreender os fenômenos não-físicos; para eles, bastam os sentimentos inspirados pelos últimos, e a intuição de que existem.
No item 8 vou mostrar que muitos adeptos das religiões instituídas são na verdade materialistas.
É fundamental separarem-se fenômenos físicos de não-físicos. Qualquer explicação desses últimos em termos físicos, como por exemplo fenômenos paranormais (como a pretensa telepatia) como sendo causados por "ondas" de alguma energia física desconhecida, é um materialismo e não um espiritualismo. Note-se que "ondas" são fenômenos mecânicos (como por exemplo as causadas em um lago quando se lança nele uma pedra, ou as causadas por sons propagando-se no ar); a sua aplicação em fenômenos não-mecânicos é problemática mesmo do ponto de vista físico. Por exemplo, qualquer onda tem que se propagar em um meio físico. Qual é o meio em que se propagam as ondas eletromagnéticas? Pior ainda, qual o meio de propagação das ondas de probabilidade da Mecânica Quântica, já que probabilidade é um conceito puramente matemático, não tendo consistência física?
Dawkins argumenta que o Deus das religiões instituídas não pode ser o projetista (o intelligent designer) de todo o universo, como elas supõem, por que também teria que haver um projetista que o projetou; por outro lado, como projetista, teria que ser mais complexo e improvável que seres vivos complexos e improváveis [DAW b, 188]. Aqui vemos um exemplo claro da mistura de conceitos físicos com não-físicos. Claramente, essas religiões tomam Deus como uma entidade não-física. Mas projetar e construir entidades físicas, tais como os seres vivos, significa agir sobre o mundo físico, conformando-se às suas leis e condições; falar sobre a improbabilidade de um ser vivo atingir uma alta complexidade é também um raciocínio que se aplica ao mundo físico. Mas especular sobre a necessidade de um ente não-físico como Deus ter sido projetado é aplicar um raciocínio baseado no mundo físico para uma entidade não-física. Especular que um ente não-físico deve necessariamente ser mais improvável e complexo do que seres vivos improváveis e complexos é novamente aplicar sobre um ente não-físico um raciocínio baseado no mundo físico. Curiosamente, Dawkins relata que, em um recente congresso sobre ciência e religião, nenhum representante das religiões instituídas foi capaz de rebater razoavelmente essas suas duas objeções [p. 187]. De meu ponto de vista, isso é absolutamente claro: as religiões instituídas também misturam conceitos físicos com não-físicos (além de não terem um conceito claro do que Deus é).
Voltando a grandes problemas da Física, eles podem ser uma indicação de que, no nível atômico e no cósmico de estrelas, galáxias e nébulas se está na fronteira do nível físico com o não-físico. Por exemplo, não são compreensíveis à razão baseada na nossa experiência da matéria, isto é, em nossos sentidos, no âmbito da Mecânica Quântica, a não-localidade, em que existe aparente influência instantânea entre "partículas" atômicas ou sub-atômicas "acopladas" (entangled), independentemente da distância entre elas [GRE, p. 83], e o spin das "partículas", que não corresponde à nossa noção de rotação [p. 104]. Por outro lado, a noção relativística de tempo e espaço, em que estes dependem da velocidade, não corresponde à nossa percepção de que o tempo é absoluto, como na Mecânica Newtoniana. Além disso, o tempo dos modelos da Física é reversível [p. 145], isto é, para os seus modelos não há distinção entre passado e futuro [p. 156], o que se choca com a nossa experiência: nunca ninguém viu um leite derramado voltar espontaneamente para a garrafa. Além disso, temos uma noção precisa do "agora", que também não faz sentido na Física [p. 141]. Outros grandes problemas da ciência são a "energia escura", que produziria a repulsão que resulta na expansão do universo, formando ¾ do conteúdo do mesmo [CON, p. 25] (mas não afeta "pequenas" distâncias como as de nossa galáxia) e a "matéria escura", que consistiria em 85% de toda a matéria no universo [p. 27], mas que não se sabe o que são.
Como mostrei no item 4, o livre-arbítrio não faz sentido do ponto de vista materialista. Mas faz todo o sentido do ponto de vista espiritualista científico. Vou justificar isso colocando uma aqui uma teoria minha de como o não-físico pode atuar sobre o físico, levando à liberdade do ser humano. Vou ser breve, pois já discorri sobre isso extensamente no meu artigo "Por que sou espiritualista". Suponha que exista em cada ser vivo um "membro" não-físico associado a ele. Suponha-se ainda que nos seres vivos existam vários fenômenos fisicamente não-deterministas. Um exemplo disso é que, a partir de um mesmo gene do DNA podem ser formadas várias proteínas diferentes [HOL C, p. 78]. Em seu excelente livro, Jeffrey Smith diz: "Havia uma velha teoria genética de que cada gene era codificado para produzir uma única proteína, o que levou biólogos à estimativa de que deveria haver 100.000 genes no DNA humano para abranger todas as proteínas. Quando em junho de 2000 esse número de genes foi estimado em 30.000, isso explodiu o mito ‘um gene, uma proteína’. Na verdade, a grande maioria dos genes pode codificar mais de uma proteína; alguns podem produzir várias." [SMI J, p. 117.] Minha teoria é de que a escolha de qual proteína deve ser formada a partir de um certo gene não requer energia. Portanto, uma das maneiras de um "membro" não-físico de um ser vivo poder atuar sobre a matéria física é justamente nessa escolha. No meu artigo citado, mostro que há um aparente não-determinismo de uma célula manter seu estado atual, começar a subdividir-se (mitose ou meiose) ou começar a morrer (apoptose). A escolha de um desses caminhos não requer energia, portanto aqui pode-se ter novamente a ação de um membro não-físico atuando como um modelo (mental!) para o crescimento ou regeneração de tecidos vivos. Essa é uma possibilidade para explicar certos fenômenos morfológicos dos seres vivos, que são um mistério do ponto de vista puramente físico, como por exemplo a simetria das orelhas de uma pessoa, as simetrias de alguns desenhos coloridos extraordinários das asas das borboletas (ver no artigo citado fotos minhas mostrando exemplos dessas simetrias), etc. Além de um gene poder dar origem a proteínas diferentes, e células mudarem de estado, há muitas outras transições possivelmente não-deterministas em qualquer ser vivo, onde a escolha de qual transição será tomada, não requerendo energia, pode sofrer uma influência de algo não-físico associado unicamente àquele ser. Talvez um exemplo disso seria qual combinação de genes é feita na formação de um ovo, a partir dos genes dos pais. Um outro é o fato de que, se um neurônio estar em um certo estado, com os mesmos impulsos de entrada às vezes ele dispara, outras vezes não; isso pode significar que seu disparo é não-determinista. Nesse caso, nosso pensamento não-físico pode agir sobre os neurônios, produzindo sua atividade (vejam-se mais detalhes sobre isso em meu artigo citado). Note-se aqui possíveis consequências físicas de se assumir a existência de membros não-físicos em seres vivos; compare-se essa hipótese com o conceito totalmente abstrato do Deus das religiões instituídas, as quais não podem explicar como essa entidade age.
Nesse esquema, a liberdade do ser humano advém da atuação consciente de um membro não-físico individual, que faz parte de cada pessoa, e que denominarei de "individualidade superior", escolhendo uma dentre várias ações não-deterministas. Por exemplo, suponha que uma pessoa está numa esquina de um quarteirão retangular e necessita ir a pé até a esquina diagonalmente oposta do mesmo quarteirão. Ela pode seguir um dos dois possíveis caminhos: iniciar pela calçada da esquerda, ou pela da direita. Suponhamos que não haja nada que lhe dê preferência por um caminho ou por outro (como seriam os casos de um deles ter menos tráfego, ou ter um visual mais agradável). Se nessas condições ela fizer uma escolha consciente, isto é, pensar sobre os dois caminhos e decidir qual vai tomar (em lugar de fazê-lo instintivamente), e seguir essa escolha, ela terá agido em liberdade. Uma ação instintiva poderia ser nesse caso tomar um caminho de costume: essa não seria uma ação livre. Note-se que pode haver condições de preferência para cada um dos caminhos (por exemplo, um tem menos tráfego, o outro é mais bonito): ainda assim, a escolha consciente pode ser um ato de liberdade pois, por exemplo, pode-se tomar um dos caminhos, justamente por se reconhecer uma preferência pelo outro. No entanto, se a escolha seguir simplesmente a preferência por um dos dois caminhos, como citado, não terá sido feita em liberdade. Sempre que se segue um sentimento ou um impulso inconsciente de vontade, não se age em liberdade.
Obviamente, um materialista vai dizer que a pessoa que está na esquina tem a ilusão de poder escolher um dentre os dois caminhos. É importante saber-se que ele não pode provar isso, de modo que se pode perfeitamente fazer a hipótese de que a escolha foi livre. No artigo citado dou exercícios puramente mentais de controle do pensamento, permitindo a qualquer pessoa observar mentalmente que tem possibilidade de escolher o próximo pensamento em liberdade, dando-lhe assim evidências pessoais de que existe o livre arbítrio.
Nas decisões conscientes o "membro" não-físico, que chamei de "individualidade superior", pode tomar uma decisão mental em liberdade, e fazer com que a pessoa acabe agindo em liberdade. Uma observação acurada mostra que os animais agem sempre por instinto ou por condicionamento: no sentido exposto, eles não podem ser livres. Portanto, pode-se concluir que eles não possuem esse membro não-físico "individualidade superior" (obviamente, também plantas e minerais não o possuem). Uma consequência disso é que, desse ponto de vista espiritualista, o ser humano não é um animal. O materialismo não pode chegar a essa conclusão, e não é à toa que denomina o ser humano de "animal racional" (curioso: por que, analogamente, não se denomina um animal de "planta móvel"?). A propósito, uma criança também não tem liberdade: a sua "individualidade superior" ainda não impregnou suficientemente o seu corpo físico, que obviamente ainda não foi suficientemente desenvolvido, ao ponto de ela conseguir manifestar-se conscientemente por meio do pensamento.
Uma hipótese interessante é que essa individualidade superior não tem sexo (que é uma característica do corpo físico e das funções vitais, bem como da alma, como por exemplo a caracterizada por Jung), nem raça (isto é, independe da hereditariedade) e nem nacionalidade. O seu desenvolvimento e manifestação cada vez mais intensa no decorrer da história, é que teria levado à igualdade de direitos entre os sexos, ao anti-racismo e ao universalismo (anti-nacionalismo). Esses impulsos, que conjeturo não poderem ser explicados por seleção natural, são claramente modernos e estão ficando cada vez mais intensos. Uma das suas lindas manifestações é o respeito à essência do ser humano, independente do que ele é exteriormente; daí todo o movimento relativamente recente de proteção e de se dar certas vantagens para os deficientes físicos e para os idosos: em ambos, a individualidade superior é da mesma natureza de que a de todos os seres humanos; no entanto, essa individualidade não consegue manifestar-se plenamente, mas não deixa de existir. Em outras palavras, o que importa realmente em um ser humano é essa sua essência não-física. Numa criança pequena, já existe também essa individualidade, mas ela ainda não consegue manifestar-se, pois depende do desenvolvimento do corpo físico, das funções vitais e também da maturação da percepção, dos sentimentos, da consciência, etc. Note-se como apareceu modernamente um respeito também pelas crianças – a ponto de se terem instituído leis proibindo que sejam castigadas fisicamente, o que era algo considerado natural no passado. Há hoje em dia uma forte intuição de que cada criança traz consigo certas características e certos dons, que devem ser respeitados. De acordo com os conceitos aqui apresentados, eles são devidos a essa individualidade superior única em cada ser humano.
As religiões costumam falar em Deus – como vimos, sem caracterizar essa divindade e mostrar claramente como ela atua. Pois bem, o que denominei de "individualidade superior", por ser um membro não-físico único em cada ser humano, pode ser considerado o que cada um tem de divino dentro dela. Tenho a impressão de que muitas pessoas, quando dizem "Meu Deus!" estão inconscientemente referindo-se a essa divindade única que existe dentro de si. Afinal, Deus é universal, como ele pode ser de alguém? Dawkins formula a pergunta de como Deus "é um ser capaz de [...] falar com um milhão de pessoas simultaneamente [...]" [DAW b, p. 185] – novamente, uma mistura de conceitos físicos com não-físicos, mas que mostra bem como o Deus das religiões instituídas é universal (apesar de atuar em cada indivíduo). Por outro lado, a individualidade superior é individual, isto é, é realmente de cada um. Admitindo-se por hipótese de trabalho a existência dessa individualidade superior, o espírito passa a ser algo atuante, e não uma mera abstração como se tornou a noção de Deus. Ele pode ser percebido quando, em um estado meditativo, o pensamento concentra-se em si próprio. A propósito, Rudolf Steiner chamou a atenção para o fato de que o pensamento é a única atividade em que o objeto de uma ação coincide com ela própria [STE a, p. 39]; para pensar, nada mais é preciso do que o pensar [p. 36].
Como em uma cosmovisão espiritualista faz sentido considerar-se que existe a liberdade humana, também dentro dessa visão há sentido em se falar em responsabilidade, em moral e em amor altruísta que, como vimos, não fazem sentido de um ponto de vista estritamente materialista. Assim, somente o espiritualismo pode levar à suplantação consciente e coerente do egoísmo e da ambição. De fato, considero o amor altruísta um requisito essencial para a prática de um espiritualismo científico: o verdadeiro espiritualista deve dedicar um amor altruísta à natureza e aos outros seres humanos.
No fim do item 4 mencionei que o materialismo foi uma necessidade da humanidade. Desde o fim do século XIX ele deveria ser ultrapassado por um espiritualismo especial: trata-se justamente do espiritualismo científico. Não há saída para a humanidade: o materialismo e o espiritualismo-crença só podem continuar levando à destruição do mundo e da humanidade, que pode ser constatada pelos desastres provocados pela tecnologia e pelas crenças religiosas. Ambas estão a serviço do egoísmo e da ambição; só o espiritualismo científico pode levar a humanidade a assumir a atitude altruísta necessária para mudar o rumo das destruições atuais. É interessante notar que as religiões vão contra o livre arbítrio, pois impõem maneiras de pensar e de agir; por outro lado, o livre arbítrio não faz sentido de um ponto de vista materialista.
Infelizmente, não tenho nenhuma esperança na humanidade como um todo. Parece-me que não há possibilidade de reverter, em geral, a decadência crescente dos valores humanos, tanto devido ao materialismo quanto às religiões. Ela manifesta-se pelo império crescente do egoísmo e da ambição monetária e de poder, e por uma enorme influência exercida sobre os indivíduos, de um lado limitando sua liberdade, por exemplo condicionando-os a consumir e a ter certos pontos de vista (incluindo a indução de uma profunda veneração pela tecnologia), e do outro lado forçando-os a seguir cegamente interpretações literais de imagens religiosas transmitidas por várias escrituras e mitos. Mas tenho certeza de que essas tendências destrutivas podem, e devem, sim, ser revertidas individualmente. E é a indivíduos que estou escrevendo neste momento.
Não sou totalmente negativo ou pessimista: reconheço progressos altamente positivos na humanidade, como os movimentos dos direitos humanos, da paz universal e o ecológico. Mas o balanço final global parece-me ser altamente negativo. Não consigo ter, realmente, uma esperança na massa – basta considerar que cerca de metade da humanidade é condicionada e bestificada diariamente pela TV (ver meus artigos a respeito dos meios eletrônicos em meu site).

prossegue em 
6-COMBINAÇÕES DE MATERIALISMO E ESPIRITUALISMO