MECANISMOS DA
REENCARNAÇÃO
Associação Médico-Espírita do Brasil
A RELAÇÃO AFETIVA, ESPIRITUAL E
BIOLÓGICA COM OS PAIS, ASSIM COMO OS ANTECEDENTES CÁRMICOS DO PRÓPRIO ESPÍRITO
REENCARNANTE, SÃO FATORES DETERMINANTES NO PROCESSO REENCARNATÓRIO.
O PLANEJAMENTO É ORIENTADO E
ADMINISTRADO NOS PLANOS EXTRAFÍSICOS POR ENTIDADES DE ELEVADA SABEDORIA E
HIERARQUIA ESPIRITUAL.
Sobre o
Planejamento Reencarnatório:
O planejamento reencarnatório envolve complexas
medidas dinâmicas e teledinâmicas de natureza bioenergética no plano
extrafísico, de acordo com a "Genética Espiritual" e lei de ação e
reação que estabelecem as condições orientadoras na execução do plano
reencarnatório individual, de modo a permitir que cada espírito herde de si mesmo,
com a contribuição de seus pais no plano físico; Tal planejamento é orientado e
administrado nos planos extrafísicos por entidades de elevada sabedoria e
hierarquia espiritual.
A maior parte da humanidade terrestre, encarnada e
desencarnada, ainda se encontra nos primeiros estágios de evolução. Goza de
autonomia muito restrita e não tem condições de usar o livre-arbítrio com
discernimento;
Quanto maior for o grau de evolução consciencial ao
longo de seu continuum histórico palingenésico maior será a participação direta
do espírito reencarnante em todas as fases do planejamento e execução de sua
própria reencarnação, sob a assistência técnica dos "geneticistas" e
"embriologistas", podendo participar da modelagem do futuro corpo
físico, em obediência às leis da "herança espiritual" condicionantes
da herança psicofísica biológica.
O espírito encarnado ou desencarnado é assistido nas
suas necessidades de auto-realização e progresso de acordo com a lei de
merecimento; O espírito candidato à nova experiência reencarnatória no plano
físico passa por uma fase preparatória de análise e auto-análise através de um
processo de profunda introspecção, mediante urna visão retrospectiva de sua
história pessoal, valendo-se dos registros de sua memória absoluta, vê com clareza
e em detalhes esclarecedores as ações pretéritas, podendo ser assessorado pelos
mentores no planejamento de um novo projeto reencarnatório.
Após esse exame analítico consciencial, cada espírito
entra em uma nova etapa de programação da futura existência, em função de sua
herança espiritual; Providências gerais e específicas são tomadas no sentido de
conjugar harmonicamente o livre-arbítrio e o determinismo da lei de causa e
efeito, objetivando sempre o progresso e o aperfeiçoamento individual e
coletivo; Em obediência à lei de sintonia, afinidade e ressonância, cada
espírito encontra-se ligado ao respectivo grupo familiar e racial, ao seu povo
ou nação, ao longo do continuum histórico palingenésico; Desse modo, a escolha
do grupo familiar e dos futuros pais obedece aos princípios gerais das leis
citadas, em consonância com a respectiva herança consciencial, psicológica e
espiritual. Essa herança fica registrada na memória genética perispirítica
através das matrizes Psi dos respectivos genes. Estes irão se expressar por
meio do genótipo ou fenótipo no plano biológico, através da organogênese do
futuro corpo físico, com a contribuição biogenética dos respectivos pais.
Processo
Reencarnatório:
Estabelecidas as diretrizes gerais e específicas para
a viabilidade do planejamento reencarnatório, o espírito reencarnante entra na
fase préreencarnatória, cujo tempo de execução varia de acordo com as
características e necessidades específicas de cada individualidade, levando em
conta todos aqueles princípios já explanados.
Fase
Preparativa:
Ocorre, nesta fase, na dimensão extrafísica: Escolha
dos futuros familiares e pais biológicos, em função de compromissos,
comprometimentos e vinculações cármicas; Estabelecimento do programa geral de
futuras realizações e autorealizações no plano físico, tendo em vista os
objetivos educativos a serem atendidos; Prévia escolha ou determinação de sexo
genético, que se verifica de acordo com a respectiva sexualidade e
características genético-espirituais do reencarnante e segundo determinantes
cármicos conscienciais preexistentes, tendo em vista futuras realizações; Definição
do tipo de reencarnação: compulsório ou de livre escolha; provacional;
expiatória; sacrificial ou missionária; Execução do plano de associação e
vinculação psicodinâmica, bioenergética, mental e afetiva – essa fase inclui os
futuros pais gestantes e demais familiares, segundo as necessidades de
harmonização, entendimento, apoio mútuo, afinidade, sintonia e ressonância.
Em conseqüência das necessidades e exigências
específicas de bem cumprir os imperativos naturais das leis da vida, já
citadas, nessa etapa da fase preparatória, o espírito candidato à nova
reencarnação passa a conviver no clima psicofísico e emocional dos futuros pais
em especial, interagindo dinamicamente com os mesmos, procurando estabelecer as
melhores relações de sintonia, afinidade e ressonância indispensáveis ao êxito
da concretização do complexo e laborioso planejamento reencarnatório.
Múltiplas operações bioenergéticas e
magnético-espirituais podem ser realizadas pelos espíritos construtores nas
intervenções que se fizerem necessárias na organização perispirítica do
reencarnante. Para poder efetivar a ligação com a célula-ovo no zigoto, a
partir da fecundação propriamente dita, ocorre previamente no plano
extrafísico, a miniaturização, que se caracteriza pela redução da forma
perispirítica.
Com base na análise dos mapas cromossômicos e
organogênicos, tais intervenções se fazem no sentido de orientar a modelagem
bioenergética e genético-estrutural referente à embriogênese e morfogênese do
futuro corpo físico, em consonância com a herança cármica e o programa de
realização na nova experiência reencarnatória.
Efetuadas as operações de imantação e ligação do
perispírito da consciência do reencarnante à célula-ovo, no terço médio da
trompa de Falópio, segue-se a nidação no útero materno, com a participação
mento-afetiva dos pais gestantes e do filho ou filhos reencarnantes.
Fase
Organogênica:
Após a fecundação propriamente dita, inicia-se a fase
organogênica, envolvendo embriogênese, histogênese e morfogênese, em obediência
às leis biogenéticas, culminando no crescimento e desenvolvimento do corpo
físico que virá a nascer posteriormente.
Na realidade, para o novo corpo físico é nascimento,
mas para o espírito reencarnante é um novo renascimento.
À medida que se processam as fases embriológicas e
organogênicas, culminando no crescimento e desenvolvimento do feto, o
reencarnante vai adensando o seu perispírito miniaturizado e, conseqüentemente,
vai entrando num estado de bloqueio de memória, com o esquecimento total ou
parcial de suas vivências reencarnatórias anteriores.
Essa é uma das causas do esquecimento, que constitui
um mecanismo de defesa e autopreservação de natureza neurofisiológica, psicológica,
consciencial e, sobretudo, de ordem ética.
As idéias deste artigo são resultado de um esforço de
teorização sobre uma experiência que está em pleno desenvolvimento. Por isso, o
que aqui registramos poderá ser aprofundado ao longo do tempo.
Novos conceitos poderão ser propostos.
A educação de pais gestantes à luz do Espiritismo é
uma necessidade urgente que se situa no âmbito das finalidades educacionais e
terapêuticas da casa espírita, numa perspectiva mais ampla que relaciona o
Espiritismo com as áreas da educação, higiene e saúde.
Glossário:
1 – Continuum Histórico Palingenésico: Refere-se ao
contínuo espaço-tempo em que se verifica a história evolutiva ontológica e
filogenética do ser humano e da humanidade, através da palingênese. A evolução
ontológica refere-se ao
desenvolvimento evolutivo do ser enquanto ser.
Evolução filogenética significa a história evolutiva da espécie. Palingênese é
a palavra de origem grega que designa o processo da reencarnação. A memória
genética celular tem sua matriz Psi na memória genética das células
perispiríticas que integram o perispírito, o qual serve como modelo organizador
biológico.
2 – Memória genética perispíritica: A exemplo do que
ocorre com a memória genética no núcleo celular, as moléculas de DNA (ácido
desoxinibonucléico) e RNA (ácido ribonucléico) como substrato fisiobioquímico
da hereditariedade biológica.
3 – Genótipo: constituição genética do indivíduo.
Conjunto de genes de um indivíduo.
4 – Fenótipo: características do indivíduo resultantes
da manifestação do genótipo.
5 – Organogênese: origem e formação do organismo
físico como um todo, a partir da fecundação biológica, e demais fases dos
processos morfogenéticos integrantes da organização anatômica e fisiológica do
corpo humano.
6 – Mapas cromossômicos: representação gráfica das
estruturas microscópicas e ultramicroscópicas dos cromossomos, que são
corpúsculos coráveis existentes no núcleo celular, apresentando-se sob
diferentes formas, contendo os genes responsáveis pelas características hereditárias.
7 – Mapas organogênicos: representação gráfica do
crescimento e desenvolvimento do organismo, incluindo a fase de formação do
embrião e dermua órgãos, aparelhos e sistemas que constituem o corpo físico.
8 – Modelagem bioenergética e genética estrutural: os
espíritos construtores, valendo-se de avançados e complexos conhecimentos de
embriologia, anatomia, fisiologia, evolução, ação e reação ou lei do carma,
genética e outras áreas do conhecimento da ciência do espírito, no desempenho
de sua ação cocriadora, atuam mediante intervenções mentais psicodinâmicas,
arquitetando modelos bioenergéticos e estruturais que servirão posteriormente à
modelagem de formas anatômicas específicas, compatíveis com as necessidades de
cada espírito em face do respectivo planejamento reencarnatório, na realização
das operações de mentalização da formação de um novo corpo físico, à imagem e
semelhança de seu próprio perispírito preexistente, que funcionará como modelo
organizador biológico.
9 – Embriogênese: origem e formação do embrião após a
fecundação biológica.
10 – Morfogênese: fase de estruturação da morfologia
biológica durante o crescimento e o desenvolvimento do embrião e dos densais
órgãos, aparelhos e sistemas fisiológicos integrantes da constituição
fisiopsicossomática do ser humano.
11 – Histogênese: fase de formação dos diferentes
tipos de tecidos celulares durante o desenvolvimento embriológico e do
organismo como um todo.
Gentilmente cedido por
Raimundo Pinheiro.