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11.10 - POR QUE ADOTAR O ESPIRITUALISMO CIENTÍFICO ?


A complexidade do universo e da natureza. Quem reconhece que o mundo é extremamente complexo, partindo do cosmos, passando por um simples cristal, que tem uma história de milhões de anos, até todas as manifestações de vida, culminando com a complexidade física máxima que é o corpo humano, e não se satisfaz com as explicações simplistas da natureza dadas pelo reducionismo da ciência materialista, deveria pender para um espiritualismo científico. No item 10.6 citei vários modelos e explicações simplistas, nas quais acredita grande parte da humanidade. A primeira referia-se à evolução, que deve ter sido de uma complexidade inimaginável; a sua redução apenas a mutações casuais e à seleção natural simplifica indevidamente essa complexidade. As outras citadas contém erros. De fato, o coração não é uma bomba que empurra o sangue pelo corpo. Se assim fosse, deveria ter uma potência fantástica para ser capaz de bombear um líquido muito viscoso como é o sangue, através de milhares de quilômetros de vasos, a maioria deles capilares. Se me lembro bem, um biólogo disse uma vez que, se assim fosse, o coração teria que ter mais ou menos a potência de uma bomba que empurrasse água de New York a San Francisco, e ainda irrigasse os campos pelo caminho... Uma das teorias (parciais) é que o coração produz um pulso de pressão, detectado pelas artérias, que se contraem, isto é o, corpo inteiro pulsa como uma orquestra que tem o coração como maestro. O modelo atômico planetário de Rutherford está completamente errado (e isso foi notado logo depois de sua formulação): os elétrons não circulam em torno do núcleo, pois senão emitiriam energia eletromagnética, como numa antena irradiante de rádio, e cairiam nele, como mostra a última figura da página do citado vínculo, e nem ao menos o elétron é uma bolinha. Quanto aos relâmpagos, não se sabe como eles começam: a diferença de potencial entre nuvens e entre estas e o solo não é suficiente para iniciar a descarga – depois que essa começa, aí sim, a ionização do ar torna-o suficientemente condutor para que a descarga se complete. Existem teorias que tentam explicar o fenômeno, como a da ionização inicial do ar por meio de raios cósmicos de muito alta energia; ver também http://en.wikipedia.org/wiki/Lightning. Finalmente, as marés são apenas parcialmente devidas às ações gravitacionais do Sol e da Lua, sendo formadas por um complexo efeito de ressonância produzido também pela influência de vários outros fatores, incluindo correntes marítimas, a forma da base do oceano, etc. Aliás, nos oceanos há os chamados pontos Amfidrômicos, que praticamente não têm marés, e que funcionam como centros em torno dos quais ondas de maré radiais giram duas vezes ao dia (correspondendo às duas marés diárias). Esses são apenas alguns grandes exemplos da extrema complexidade da natureza. De fato, recomendo que se desconfie de qualquer teoria reducionista simplista para quaisquer fenômenos da natureza. Parece-me que explicações pseudo-científicas sobre esses fenômenos procuram dar a impressão de que modelos mecanicistas explicam tudo no mundo, quando é justamente o contrário: eles explicam muito pouco. O objetivo desse simplismo deve ser o de induzir o materialismo. No entanto, reconheço perfeitamente que simplificações são necessárias para se preverem resultados de experimentos, e para estabelecer teorias. Porém, é necessário estar-se consciente de que simplificações não podem abarcar totalmente a realidade. Em particular, qualquer máquina é o resultado de várias simplificações. Nesse sentido, pode-se considerar que instrumentos e máquinas são subnaturais.
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Por que existe uma hostilidade em relação à CEC? Em minha opinião, isso se deve principalmente aos pontos 10.5 e 10.12, medo e desconhecimento, mencionados acima. No próximo item dou um exemplo que permitirá ao leitor eliminar o seu eventual desconhecimento, se tiver coragem de se aprofundar no estudo do caso a ser citado. Tenho a certeza que, com esse estudo, o medo também desaparecerá.