Um professor de Zen, após anos como orientador de um aluno particularmente sensível e sábio, resolveu lhe dar um presente:
“Estou ficando velho, em breve morrerei. Para simbolizar sua sucessão a mim como mestre vou lhe dar este livro valiosíssimo.”
O discípulo, entretanto, não estava interessado em livros:
“Não é necessário, obrigado, mestre. Eu aceitei o seu ensinamento como o Zen que prescinde a palavra escrita. Gosto de sua face original. Fique com seu precioso livro.”
O professor insistiu, e afirmou, orgulhoso:
“Este livro atravessou sete gerações, é uma relíquia! Por favor, fique com ele como um símbolo de sua aceitação do manto e da tigela!”
O outro apenas disse:
“Está bem, dê-me o livro.”
Ao recebê-lo, o discípulo simplesmente atirou o livro no fogo próximo, queimando-o. O professor ficou chocado. Gritou para o aluno, indignado:
“Como pôde fazer isso?! Era uma peça inestimável de conhecimento!”
Foi a vez do sábio discípulo ficar indignado:
“Como podes dar mais valor a papel e couro do que àquilo que me ensinastes directamente, de forma pura? Ensinar uma sabedoria que não se pode praticar é como agir sem coração, e não ser nada mais do que um repetidor de textos sagrados. Tu me deste um objeto, e eu usufrui dele como considerei adequado. Como podes ficar indignado com um simples ‘dar e receber’?”
“Estou ficando velho, em breve morrerei. Para simbolizar sua sucessão a mim como mestre vou lhe dar este livro valiosíssimo.”
O discípulo, entretanto, não estava interessado em livros:
“Não é necessário, obrigado, mestre. Eu aceitei o seu ensinamento como o Zen que prescinde a palavra escrita. Gosto de sua face original. Fique com seu precioso livro.”
O professor insistiu, e afirmou, orgulhoso:
“Este livro atravessou sete gerações, é uma relíquia! Por favor, fique com ele como um símbolo de sua aceitação do manto e da tigela!”
O outro apenas disse:
“Está bem, dê-me o livro.”
Ao recebê-lo, o discípulo simplesmente atirou o livro no fogo próximo, queimando-o. O professor ficou chocado. Gritou para o aluno, indignado:
“Como pôde fazer isso?! Era uma peça inestimável de conhecimento!”
Foi a vez do sábio discípulo ficar indignado:
“Como podes dar mais valor a papel e couro do que àquilo que me ensinastes directamente, de forma pura? Ensinar uma sabedoria que não se pode praticar é como agir sem coração, e não ser nada mais do que um repetidor de textos sagrados. Tu me deste um objeto, e eu usufrui dele como considerei adequado. Como podes ficar indignado com um simples ‘dar e receber’?”
Publicado no site Olhar Budista