A glândula pineal, também denominada de órgão pineal,
epífise neural, ou simplesmente pineal é uma estrutura única e muito pequena
localizada no cérebro; ela participa na regulação endócrina da reprodução, do
sistema imunológico e da organização dos ritmos biológicos, atuando como
mediadora entre o ciclo claro/escuro ambiental e processos fisiológicos tais
como sono/vigília, atividade/repouso, entre outros. Ela é facilmente visível em
radiografias; por isso, até recentemente muitos afirmavam que a glândula estava
calcificada e era uma estrutura em involução.
Atualmente devido a sua importância em cronobiologia, a pineal tem sido muito
estudada; assim, foi demonstrado que ela não se calcifica; e, sim, forma
cristais de apatita: um mineral incolor composto por fosfato de cálcio que
contém urânio em seu interior e, que tem sido muito estudado no Instituto de
Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). (ver "Retrato do
Passado", na Bibliografia.)
APATITA |
A pineal está localizada praticamente no centro do cérebro e na altura dos olhos; ela está numa área cheia de líquido, por ser recoberta por uma lâmina de tecido corióide do terceiro ventrículo; local esse que, da mesma forma que em outros ventrículos cerebrais, circula o liquor cérebro-espinhal.
Segundo o físico-espiritualista, Dr. Valdir Aguilera, os pensamentos são irradiações ondulatórias produzidas por vibrações do espírito, encarnado ou desencarnado; ele não se propaga por ondas eletromagnéticas e sim através de ondas vibratórias. E o ambiente líquido onde a pineal está localizada de certa forma facilitaria a captação dessas ondas vibratórias.
Por outro lado, os cristais de apatita que essa glândula contém são capazes de captar campos eletromagnéticos. É provável que seja então a interação desses dois fatores que fazem a pineal atuar como uma verdadeira antena vibrátil; e essa antena será tanto mais sensível quanto maior for o seu conteúdo de apatita.
É comum ouvirmos que todos os seres humanos são médiuns; isso certamente procede em relação à mediunidade intuitiva, mas não a outros tipos de mediunidade, como é o caso da modalidade de incorporação. Assim, tem sido verificado em necropsias, que somente determinadas pessoas possuem uma quantidade significantemente maior de cristais de apatita em suas pineais. Embora essa correlação ainda não tenha sido feita experimentalmente, acreditamos que nesse grupo de pessoas estejam os médiuns de incorporação.
Mas, qual seria a substância química responsável por levar ao conjunto dos órgãos da fala, o aparelho fonador do médium, os pensamentos que estão sendo captados pela antena pineal?
Acreditamos que esse transmissor seja um hormônio que também é secretado pela pineal – a melatonina.
A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) foi o primeiro composto biologicamente ativo identificado na pineal; ela resulta do metabolismo de um outro conhecido neurotransmissor – a serotonina.
A síntese da melatonina é controlada pelo Núcleo Supraquiasmático (NSQ), uma estrutura hipotalâmica que é considerada nos mamíferos como o Relógio Biológico Mestre.
As fibras nervosas da retina captam a luminosidade do ambiente e transmitem essa informação ao NSQ; este, na ausência de luz, ativa a síntese da melatonina justificando assim o nome de "hormônio da escuridão" pelo qual a melatonina é também conhecida.
Foi baseado nesse conhecimento que procuramos explicar por que as comunicações dadas pelo Astral Superior através dos médiuns no Racionalismo Cristão ocorrem principalmente no período noturno e na semi-obscuridade (ver "A captação do pensamento dos espíritos pelos médiuns" para mais detalhes).
A maioria das inferências sobre hormônios e doenças da pineal veio de estudos com animais experimentais. Assim, a pinealectomia no início do desenvolvimento em algumas espécies pode levar à função ovariana prematura , e o tratamento com melatonina pode suprimir a função ovariana. Conforme descrito anteriormente, as quantidades de melatonina secretadas diminuem durante a noite pouco antes e durante a puberdade. Além disso, uma dose oral aguda (1-3 mg/kg) administrada a adultos jovens provoca a secreção de prolactina. Vários tipos diferentes de tumores podem afetar a função da glândula pineal, geralmente resultando em distúrbios do sistema nervoso central e funcionamento gonadal prematuro ou retardado, especialmente quando os tumores ocorrem em jovens.
Pode haver um ponto de interação acima da hipófise entre a melatonina e a secreção de ACTH-corticosteroide. Uma redução aguda da secreção de cortisol em humanos (pela metirapona , por exemplo) estimula a secreção de melatonina. A melatonina também parece inibir a liberação de CRH, interferindo assim no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
Quando a melatonina está baixa no soro, mais CRH é liberado, culminando no aumento da secreção de cortisol. O aumento dos níveis de cortisol está associado à depressão. Curiosamente, na doença bipolar, foi relatado que a melatonina sérica permitiria níveis mais altos de cortisol. Nos estados maníacos, o nível de melatonina é alto, o que deve deprimir a liberação de CRH e gerar níveis mais baixos de cortisol. Conseqüentemente, a melatonina está intimamente relacionada ao funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e às manifestações psiquiátricas associadas ( Figura 18.12 ).
No entanto, existem situações intermediárias em que pacientes deprimidos também produzem níveis normais de melatonina, e aparentemente há casos de depressão, como os “blues de inverno” que são mais dependentes do faseamento do biorritmo, do qual a produção de melatonina pode ser um marcador. Embora complexo, é provável que a produção de melatonina tenha significado para certos tipos de depressão e para a cronicidade dos ciclos sono-vigília e possa desempenhar um papel em outros; a melatonina também pode ser importante neste último tipo, onde a luz ambiente brilhante é um fator. Também parece haver a possibilidade de que, em alguns casos de depressão, altos níveis de melatonina sejam produzidos, mas por algum motivo podem não ser utilizados adequadamente (no hipotálamo).Esta condição, sem dúvida, se beneficiaria de um maior conhecimento do possível “receptor” de melatonina e se o receptor poderia assumir vários estados de funcionamento possivelmente por meio de mutações.