Os processos emocionais são diferentes dos processos cognitivos, mas estão interligados. Por isso, a nossa relação com o mundo não é só cognitiva é também emocional. Quando abordamos os processos emocionais surge o conceito de afecto, que é expresso através das emoções e os sentimentos. Por vezes confunde-se sentimentos com emoções, mas de certa forma são bem diferentes. Os sentimentos são duradouros e fáceis de esconder. Já as emoções espontâneas e têm uma parte corporal (mãos suadas, agitação, choro, riso, melancolia…). As emoções são necessárias para comunicar, para nos adaptarmos com sucesso a nossa sociedade e assim conseguir sobreviver. Há uma ligação com as relações precoces (relação – mãe/filho), em que o filho tem expressões corporais para garantir a sua sobrevivência. Também nós beneficiamos das emoções para reconhecer se uma emoção é má ou não, por associação, ou seja, se sentimos frio, isso é para nós uma emoção má. Ao contrário dos sentimentos, as emoções são muito difíceis de esconder, pois são corporais e espontâneas. Mas por vezes os sentimentos tomam conta das emoções, daí por vezes, a confusão destes dois conceitos.
Antônio Damásio estabeleceu uma relação entre a racionalidade e as emoções. Por isso as emoções não conseguem ser reproduzidas por uma máquina, pois esta não tem a competência de racionalidade. A emoção juntamente com a razão ajuda-nos a tomar a melhor decisão. Por vezes, há certas coisas que não nos apetece ou não queremos fazer, e não sabemos porque, é aqui que a razão esta ligada a emoção. É graças a esta conexão, destes dois conceitos que conseguimos resolver problemas, comunicar com os outros, adaptar-nos com sucesso e sobreviver na nossa sociedade. O ser humano possui memória emocional: sítios, pessoas, situações. E estas emoções estão localizadas no tempo, têm duração limitada e também têm intensidade diferente.
Por estas razões que supra citei, as emoções e os sentimentos são muitas vezes confundidos.
Bibliografia
Monteiro, Manuela e Pedro Tavares, Ser humano, Psicologia B, Porto Editora, 2ª parte